Neste primeiro episódio, apresentamos o maior caso ufológico da história do Brasil. Uma luz que se dizia capaz de sugar o sangue de suas vítimas, que gerou pânico e caos em municípios isolados. O que será que atacou essas pessoas?
Em julho de 1977, uma série de eventos inexplicáveis começaram a ocorrer no estado do Pará, Brasil. Luzes misteriosas foram vistas atacando pessoas, sugando seu sangue e causando doenças. Esses eventos foram relatados pela primeira vez em Viseu, mas logo se espalharam para outras cidades, como Vigia de Nazaré.
Os moradores estão cada vez mais insatisfeitos com as autoridades, alegando que nenhuma ação concreta foi tomada para protegê-los ou ajudá-los a enfrentar a situação. Esse sentimento de abandono levou várias famílias a deixarem a região, optando por se mudar para áreas consideradas mais seguras, onde não houve relatos das aparições do Chupa-Chupa. A crescente falta de confiança nas autoridades intensificou o êxodo, já que muitos preferem buscar proteção em locais onde o fenômeno ainda não ocorreu.
Um clima tenso tomou conta da cidade. O prefeito da cidade, José Ildone Favacho Soeiro, pediu ajuda ao Exército e à Aeronáutica.
10 de julho de 1977: Reportagem com o título “Luz forte apavora Viseu” é publicada no jornal O Liberal
11 de julho de 1977: Matérias sobre o fenômeno em Viseu publicadas nos jornais A Província do Pará (“Objeto voador chupa o sangue das vítimas”) e O Liberal (“Luz misteriosa ainda causa pavor em Viseu”)
8 de outubro de 1977: Matéria sobre o fenômeno em Vigia de Nazaré publicada no jornal O Liberal com o título (“Bicho voador ataca mulheres e homens em povoado da Vigia”)
16 de outubro de 1977: Nova matéria sobre o fenômeno em Vigia de Nazaré publicada no jornal O Liberal (“O rastro de pavor da luz misteriosa”)
20 de outubro de 1977: Matéria sobre o fenômeno em Vigia de Nazaré publicada no jornal A Província do Pará (“Luz e pavor nas noites vigienses”)
José Ildone Favacho Soeiro: Nascido em Vigia em 1942, é escritor, poeta e político. Foi vereador, vice-prefeito e prefeito de Vigia, onde exerceu mandato até 1983. Formado em Letras pela UFPA, recebeu diversas premiações literárias e, em 1981, foi eleito para a Academia Paraense de Letras. Após sua carreira política, seguiu promovendo a literatura amazônica e, em 2023, tornou-se membro da Academia Vigiense de Letras. | |
América Trindade: Dona de casa. Junto do marido, Abel Trindade, foi vítima da luz, ficando imobilizada e gelada. O objeto desapareceu sem explicação. Hoje, Dona América vive em Vigia e relembra o evento, mencionando também seu tio Ramiro Barbosa, que teve uma experiência semelhante. |
Abel Soares Trindade: Marido de América, também atacado pela luz. Sentiu os mesmos efeitos e acredita que era o “chupa-chupa”.
Humberto Bandeira: Morador de Vigia, atacado por uma luz que sugou seu sangue. Ficou doente e acredita que era o “chupa-chupa”.
Benjamin Amaral Amin: Comissário de polícia de Vigia ne época dos ataques e pai de uma das vítimas.
Alceu Marcílio de Souza: Delegado de polícia que investigou os ataques. Acredita que os objetos têm origem natural.
Francisco Meireles: Adjunto do Serviço de Águas e Esgotos de Vigia, acredita que os objetos são extraterrestres e preparam a humanidade para uma futura comunicação.
Viseu: cidade onde os fenômenos começaram a acontecer. Em 2020, contava com pouco mais de 60 mil habitantes. A região de Viseu, no Pará, foi inicialmente explorada pelo navegador português Diogo Leite em 1531, enquanto os franceses chegaram ao local no século 17. Originalmente habitada por indígenas como os Tupinambás, Tremembés e Apotiangas, a área também foi marcada pela migração dos povos indígenas Urubus-Kaapor no século 19, o que resultou em diversos conflitos com quilombolas e colonos brancos.
Bragança: município do estado do Pará, situado na Região Geográfica Bragantina, com uma população estimada de 130.122 habitantes em 2021. Suas origens remontam a 1613, quando a expedição francesa liderada por Daniel de La Touche, vinda de São Luís, possivelmente passou pela bacia do rio Caeté, então habitada pelos índios Tupinambá.
Vigia de Nazaré:município que surgiu como um posto de vigia militar pelos portugueses para monitorar embarcações na região. Inicialmente habitada pelos índios Tupinambá, a área foi transformada em um posto alfandegário estratégico, elevado a vila em 1698. Vigia foi elevada à categoria de cidade em 1854 e, em 2019, tinha uma população estimada de 53.686 habitantes.A cidade também abriga a vila de Santo Antônio de Ubintuba.
Dezenas de vítimas relatadas, centenas de testemunhas. Iremos focar em histórias incríveis e aterrorizantes de ribeirinhos que foram atacados pelas luzes e que tiveram suas vidas mudadas para sempre.
Enquanto o pânico se instaura, um prefeito de uma pequeno município do Pará decide fazer algo após uma visão inexplicável no céu.
Desenho do prefeito José Ildone Favacho da trajetória das luzes que teria visto durante o blecaute em Vigia de Nazaré
Em 1977, moradores de regiões no interior dos estados do Pará e Maranhão relataram uma série de ataques misteriosos, atribuídos a luzes que desciam do céu durante a noite. Essas luzes teriam causado marcas e sintomas estranhos nas vítimas, gerando grande preocupação entre as populações locais. As áreas atingidas eram principalmente rurais e isoladas, o que aumentava o medo entre os habitantes.
No mês de outubro daquele ano, a mídia começou a cobrir extensivamente o fenômeno, que passou a ser conhecido como “Chupa Chupa”. O nome veio da crença popular de que os ataques envolviam uma espécie de “sucção de sangue” das vítimas. Comunidades inteiras, como a de Imbituba, viviam em pânico, com pessoas relatando confusão e terror diante da suposta presença dessas luzes inexplicáveis.
O prefeito de Vigia, José Ildone Favacho Soeiro, afirmou ter visto objetos voadores não identificados cruzando o céu de sua cidade em alta velocidade. Ele enviou um relatório oficial ao Exército e à Aeronáutica, solicitando que as autoridades militares investigassem os acontecimentos, dada a seriedade e o impacto que os fenômenos estavam causando nas comunidades.
16 de outubro de 1977: Relato de um objeto voador que causa pânico em Umbituba (“Objeto voador apavora Umbituba“) publicado no jornal O Liberal.
20 de outubro de 1977: Possibilidade de abandono da cidade de Ubintuba devido ao fenômeno (“Luz e pavor nas noites vigienses“) publicada no jornal A Província do Pará.
José Ildone Favacho Soeiro: Nascido em Vigia em 1942, é escritor, poeta e político. Foi vereador, vice-prefeito e prefeito de Vigia, onde exerceu mandato até 1983. Formado em Letras pela UFPA, recebeu diversas premiações literárias e, em 1981, foi eleito para a Academia Paraense de Letras. Após sua carreira política, seguiu promovendo a literatura amazônica e, em 2023, tornou-se membro da Academia Vigiense de Letras. | |
Edeny Costa Vilhena:Neta de Beatriz Almada, já falecida, vítima de quatro ataques das luzes que surgiram nos céus. | |
Sebastião Almada Costa: Filho de Beatriz Almada, testemunhou o ataque à sua família em 1977. Ele acredita que o primeiro encontro foi para marcar o local, e que os ataques subsequentes foram acompanhados por um barulho semelhante ao de um drone. |
Beatriz Almada Costa: Matriarca da família, avó de Edeny e mãe de Sebastião
Miguel Arcanjo Soares: Morador de Ubintuba, Miguel foi atacado por um objeto voador não identificado, o que lhe causou sintomas debilitantes.
Teófila Soares: Esposa de Miguel Arcanjo, também atacada pelo mesmo objeto voador, porém com sintomas menos graves que os do marido.
Rosita: Mulher que teve a sensação de garras agarrando seu seio, mas não há testemunhos que falem sobre seres ou criaturas, já que tudo teria vindo da luz. É esse ataque que inspira o jornal O Liberal de cunhar o termo Chupa-chupa do dia 16 de outubro.
Vigia de Nazaré:município que surgiu como um posto de vigia militar pelos portugueses para monitorar embarcações na região. Inicialmente habitada pelos índios Tupinambá, a área foi transformada em um posto alfandegário estratégico, elevado a vila em 1698. Vigia foi elevada à categoria de cidade em 1854 e, em 2019, tinha uma população estimada de 53.686 habitantes. A cidade também abriga a vila de Santo Antônio de Ubintuba.
Neste episódio, continuamos a investigação dos fenômenos inexplicáveis no Pará, Brasil, durante 1977, envolvendo ataques misteriosos de luzes. Exploramos novos depoimentos de testemunhas e aprofundamos os relatos sobre como essas luzes afetaram as pessoas, causando traumas e medo generalizado.
16 de outubro de 1977: Jornal O Liberal publicou um artigo sobre os ataques de luz em Vigia, mencionando Dona Beatriz e sua filha, Anselma.(“Objeto voador apavora Umbituba”)
Edeny Costa Vilhena: Neta de Beatriz Almada, já falecida, vítima de quatro ataques das luzes que surgiram nos céus. | |
Anselma ‘Ryzo’ Costa: Filha de Beatriz Almada, mãe de Edeny e testemunha dos ataques. | |
Sebastião Almada Costa: Irmão de Anselma, tio de Edeny, e vítima dos ataques. |
Vigia de Nazaré:município que surgiu como um posto de vigia militar pelos portugueses para monitorar embarcações na região. Inicialmente habitada pelos índios Tupinambá, a área foi transformada em um posto alfandegário estratégico, elevado a vila em 1698. Vigia foi elevada à categoria de cidade em 1854 e, em 2019, tinha uma população estimada de 53.686 habitantes.A cidade também abriga a vila de Santo Antônio de Ubintuba.
A Estrada de Vigia à noite
Uma foto imortalizada em um jornal de grande circulação. Muitos mistérios rondam a única vítima atacada quatro vezes, moradora de uma comunidade isolada. Seus filhos relembram esse tenebroso episódio e com isso a oportunidade de discutir as divergências do fenômeno, seu modus operandi e os estranhos militares à paisana que finalmente chegam ao local.
Edeny Costa Vilhena: Neta de Beatriz Almada, já falecida, vítima de quatro ataques das luzes que surgiram nos céus. | |
Anselma ‘Ryzo’ Costa: Filha de Beatriz Almada, mãe de Edeny e testemunha dos ataques. | |
Benedita: Testemunha que estava presente durante um dos ataques mais icônicos. Ela descreve como a luz atacou Seu Miguel durante o jantar e como sua própria mão foi atingida pela luz, deixando-a amortecida. Apesar de aparecer na foto do jornal O Liberal do dia 16 de outubro, ela nunca é mencionada. | |
José Ildone Favacho Soeiro: Prefeito de Vigia à época dos acontecimentos. | |
Américo Amaral Amin: Filho do comissário Benjamin Amaral Amin, ele relembra como seu pai, apesar de publicamente negar os fenômenos, secretamente informava os militares sobre os ataques e o comportamento da luz. |
Linha Direta Mistério: Operação Prato
Os ataques continuam. O prefeito de Vigia busca ajuda nas Forças Armadas e o fenômeno se espalha, chegando à cidade de Colares. Tem início, então, a Operação Prato, a maior missão militar de investigação de objetos voadores não identificados já registrada na história brasileira.
José Ildone Favacho Soeiro: Prefeito de Vigia à época dos acontecimentos. | |
Américo Amaral Amin: Filho do comissário Benjamin Amaral Amin, ele relembra como seu pai, apesar de publicamente negar os fenômenos, secretamente informava os militares sobre os ataques e o comportamento da luz. | |
Edeny Costa Vilhena: Neta de Beatriz Almada, já falecida, vítima de quatro ataques das luzes que surgiram nos céus. | |
Anselma ‘Ryzo’ Costa: Filha de Beatriz Almada, mãe de Edeny e testemunha dos ataques. |
Divisa de Vigia, Ubintuba e Colares
A cidade de Colares se torna palco dos estranhos avistamentos e também base da misteriosa Operação da Aeronáutica. É nesse cenário que um curioso encontro acontece:
Capitão Uyrangê Hollanda e o jornalista Carlos Mendes, separados por suas funções, unidos pelo mistério. O que eles testemunharam em Colares seria o início de uma investigação que mudaria para sempre os rumos da ufologia moderna e o destino desses dois personagens.
Capitão Uyrangê Holanda: Capitão que chefiou a operação secreta na Amazônia. | |
Carlos Mendes: Jornalista paraense, que trabalhava no jornal O Estado do Pará, na época dos acontecimentos. É autor do livro “Luzes do Medo”, lançado em 2019. | |
Gleice Cardoso: Artesã e filha do tenente Newton Cardoso, militar e vítima de um dos ataques. | |
Newton Cardoso: Vítima dos ataques que consta nos relatórios. | |
Manuel “Coronha”: Vítima dos ataques. Foi supostamente desarmado pela luz. | |
Claudomira da Paixão: Vítima dos ataques. |
Chegando em Colares
As luzes chegam à vila de Mosqueiro e um casal tem a experiência mais traumática de suas vidas. O pânico na região continua.
Carlos Mendes: Jornalista paraense, que trabalhava no jornal O Estado do Pará, na época dos acontecimentos. É autor do livro “Luzes do Medo”, lançado em 2019. | |
Benedito Campos Trindade: Vítima das luzes na ilha de Mosqueiro. | |
Silvia Mara: Vítima das luzes e esposa de Benedito. Estava grávida no momento do ataque e perdeu o bebê. | |
Maria de Nazaré: Vizinha de Benedito e Silvia, testemunha dos ataques. |